quinta-feira, 28 de abril de 2011

RETROSPECTIVA AIKIDO (parte 2)

     Pouco tempo depois a academia estava cheia de alunos e por nós vários passaram até que o fatídico dia em que eu olhei para o professor de aikido e ele por falta de alunos olhou pra mim chegou, estávamos sós e durante os quase 3 meses (creio eu) fiquei preocupado com o fato do tal saia preta ir embora por falta de aluno, mas enquanto aquela figura estivesse ali eu estaria disposto a fazer qualquer coisa para que ele ficasse.
     Eu havia tomado uma certa afeição pelo professor da arte que chamava malandramente de “fessor”. Foi um longo processo, pois uma hora de treino naqueles dias pareciam uma eternidade e a pobre alma já estava ficando com o repertorio vazio, pois o que me ensinaria se nem rolar eu sabia? Rolar, era esta a solução para os problemas do “saia-preta” e eu.
     Decidido a aprender a rolar eu dei tudo de mim, concentrei em entender os fundamentos do rolamento e aplicar a teoria em qualquer momento e após um curto tempo o tal momento havia chegado, ele me projetara ao longe e ao céu, naquele instante usei tudo o que ele me ensinara, flutuei lentamente e pude ver cada centímetro da queda que se concluiu com um perfeito rolamento (no susto), quando percebi a mim mesmo estava em gargalhadas (que se repetiriam sempre ao final de algo que antes não compreendia).
     O que aquele rapaz estava disposto a ensinar era algo real que eu podia confiar, e o mesmo valia pra ele, daí em diante foquei em aprender de forma rápida e eficiente, seguindo cada conselho quase ao pé da letra para que o “saia-preta” pudesse mostrar aos futuros alunos do que era feito um aikidoka, logicamente com minhas precárias habilidades eu não poderia fazer jus a isso e novamente me coloquei num período de determinação para aprender e melhorar, só que agora estava com instintos suicidas, fazia sem pensar no que aconteceria se caísse de forma errada, machuquei algumas vezes os ombros, mas hoje sei o que não fazer em um rolamento e em qualquer momento em que se está praticando AIKIDO. Não faça aqui pensando lá fora.
     Valera a pena, hoje sou faixa verde e me orgulho, pois me esforcei bastante, principalmente em seguir o que o “saia-preta” falava, ele era sábido das coisas e eu sentia isso.
Arthur Berbert (3º KYU)
CONTINUA...

3 comentários:

  1. Acho os desenhos muito legais... O Aikido é uma mutação constante... e com o tempo descobrimos.. que vicia.

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  2. rsrs tem um tempão q não entro aqui, e quando li as tres primeiras linhas deste texto(sem ver a assinatura), sabia q era do Arthur, vcs me fazem muita falta, saudades!Com vcs eu tive a liberdade de ser simplismente eu!Fulvia

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  3. Olá vc minina. Saudades de você, seus sorrisos e bagunça que virava você e o arthur treinando rsrsrs. Fico feliz que de saber que conosco se sentiu assim. Aparece daqui uns anos.

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